VOCÊ SABIA QUE DENTRO DE NOSSAS MENTES HÁ CONSTRUÇÕES, ERGUIDAS PELA CULTURA, PELA SOCIEDADE, POR NOSSAS CRENÇAS (...) QUE, NA MAIORIA DAS VEZES, IMPEDEM-NOS DE ENXERGAR A VERDADE DO EVANGELHO?
É POR ISSO QUE DEVEMOS VIVER MEDITANDO, MEDITAR COM A VIDA, SOBRE O QUE JESUS, A PALAVRA DE DEUS, TEM A DIZER PARA NOSSA CAMINHADA E NOS ABRIR AO QUE O SEU ESPÍRITO NOS ENSINAR...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

VER DEUS SE MOVENDO E OUVIR SUA VOZ

O profeta estava por ali, com seus discípulos. E não eram poucos, pois estavam construindo um local maior para morar, cada um pegando uma viga. Intrigante. Um discípulo de profeta não precisa de grandes estudos. Um discípulo de profeta precisa aprender a ouvir a voz de Deus e proclamá-la na história do povo para o qual foi enviado. Um discípulo de profeta deveria aprender a ver Deus Se movendo, para ir com Ele, para onde quer que fosse. Uma escola de profetas seria uma escola de aprender a ver e a ouvir Deus.

O profeta estava por ali, porque os moços pediram. E eles trabalhavam, cada um pegando uma viga, para construir um lugar maior para morar.  Algo não programado ocorreu, quando o machado de um deles caiu na água. Ocasião para ver Deus Se movendo e ouvir Sua voz. O profeta ouviu o lamento do moço, preocupado com o que diria ao dono do machado. "Ai, meu senhor!" disse ele ao profeta. Não disse "senhor!" a Deus, foi ao profeta. Porque ele sabia que o profeta via Deus Se movendo e ouvia a voz de Deus.

E o profeta, que estava por ali, porque os moços pediram, também, estava ali porque Deus queria Se mostrar aos moços. Houve quatro atitudes que o profeta não tomou: 1. não foi natural, procurando encontrar uma técnica eficaz de  mergulho para buscar o machado ou outro aparato qualquer que, mecanicamente, trouxesse o machado à tona; 2. não foi religioso, tentando reproduzir maneiras rituais de se fazer com que Deus viesse em socorro deles e trouxesse de volta o machado; 3. não foi mistificador, tentanto imprimir àquilo que faria um tom fanaticamente místico; 4. não foi fatalista, conformando-se ao ocorrido e dizendo que, se Deus quisesse, tiraria o machado dali...

O profeta, que estava por ali, não o fazia porque os moços pediram. Quando foi chamado a estar com eles, não disse "Vou orar sobre isso." Quando foi chamado pelo moço, por causa do machado, não disse:"Vou ver o que Deus quer com isso." Eliseu andava com Deus. Ele via Deus Se movendo e ouvia Sua voz. Não precisava marcar reuniões com Deus, onde, formalmente, perguntasse a Ele sobre algo. Ele andava com Deus, como Enoque fazia. Ele ouvia a voz de Deus, como havia sido prometido ao povo, no deserto. E, andando com Deus, sabia para onde Deus estava indo e sabia o que Deus estava querendo naquele momento. E sabia como Deus queria que ele reagisse: movendo-se no sobrenatural, com naturalidade.

O profeta estava por ali e, para ele, a solução era bem simples: um pau jogado na água e o machado flutuou. Não havia lógica, havia naturalidade no sobrenatural. De forma simples. Deveria ter sido simples assim para Moisés, quando se deparou com o mar. "Diga ao povo que marche." Simples, assim. Deve ter sido assim para Elias, quando disse à mulher que trouxesse a última refeição primeiro para ele e depois para si mesma e o filho, porque Deus multiplicaria a farinha e o azeite e não faltariam até que viesse a chuva. Bem simples, assim. 

O profeta, enquanto estava por ali, sabia que Deus Se move de forma simples e, quando nós não complicamos, ususfruímos disso. O sobrenatural que caracteriza a ação de Deus, torna-se natural para nós. Deveria tornar-se. Se andássemos assim, as pessoas veriam a Deus Se movendo em nossas vidas. E não às nossas fórmulas mágicas, que sempre dão um jeito de nos colocar em evidência e prender as pessoas a nós. E não à nossa capacidade de resolver situações com nossas habilidades humanas, que nos deus, é claro, mas que são NOSSAS. E não ao nosso conformismo diante de situações que só mudarão quando Deus quiser.

O profeta, andando por ali, sabia que tinha que ensinar algo aos seus discípulos. E só valeria se os ensinasse a ver e a ouvir a Deus como modo de viver. Ele cria no Deus Emanoel, que está próximo. Ele cria no Deus que tem tanto poder, que não precisa complicar para fazer qualquer coisa. Simplesmente, abre o mar; simplesmente, multiplica o pão; simplesmente, diz ao morto que venha para fora. Imagine os rituais que teríamos para fazer tais coisas em nome de Deus. Imagine os sacrifícios que teríamos que fazer para nos acharmos dignos de operar, assim, com Deus. Mas o sacrifício que nos permite viver no sobrenatural, com naturalidade, já foi feito. Estamos religados a Ele, em Jesus, e precisamos entender que é dentro dEle que nos movemos.

O profeta estava ali: bem dentro de Deus, movendo-Se com Ele. Por isso, não precisou parar para orar sobre o machado; por isso, não precisou fazer nenhum estardalhaço religioso para justificar que Deus viesse a fazer boiar o machado; por isso, não precisou usar técnicas humanas; por isso, não precisou se conformar em perder o machado. Ele fez o que viu Deus fazendo, simplesmente, porque estava dentro dEle. E, é claro, deu certo. E os discípulos do profeta, enquanto cada um pegava uma viga para construir um lugar maior, viram Deus Se movendo entre eles e, certamente, no seu íntimo, ouviram Sua voz dizendo: "Simples, assim...".

Jackeline Sarah
jackelinesarah@compromissokandeya.com

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